Não tenho dúvidas em dizer que o maior e mais importante instrumento de visibilidade de nossa organização é o distintivo rotário, como bem apresentou a coordenadora Vera Canto Bertagnoli na edição de novembro. No entanto, muitos rotarianos pensam que distintivo, pin e bóton são a mesma coisa. Não é bem assim, afinal, cada objeto tem seus significado e propósito. Sei que alguns se confundem com a língua inglesa, como no caso da palavra pin – que pode significar também uma senha numérica para identificar um usuário em um sistema. Porém, estamos no Brasil e devemos seguir o nosso idioma.
Como o próprio nome mostra, distintivo vem de distinguir. Ou seja, quando utilizamos a nossa roda rotária (e não roda dentada e, muito menos, denteada), no colarinho, de preferência, é uma forma de nos distinguirmos dos demais na comunidade. O rotariano tem o dever de utilizá-lo, como forma de dizer aos outros que ele faz parte de uma organização mundial. Somente o rotariano tem o dever de usar o distintivo do Rotary, afinal, ele é associado de um clube que faz parte do Rotary International. Essa é uma diferença visual que devemos mostrar e, com isso, ter a oportunidade de falar sobre a nossa organização, seja para rotarianos ou não. O que observo é que muitos não utilizam nosso distintivo na roupa, com medo (talvez) de alguém perguntar o que é o Rotary e não saberem explicar rapidamente.
O pin, como dizem, aqui no Brasil vem da palavra pingente. Em inglês, seria alfinete. Por ser um pingente, trata-se de uma joia que qualquer pessoa que contribuir para a Fundação Rotária recebe como forma de gratidão. Um pingente com a imagem do nosso fundador, Paul Harris, por exemplo. Assim sendo, qualquer pessoa pode usar um pin, inclusive o rotariano que contribuir com a nossa Fundação. Ou seja, quem tem um pin da Fundação Rotária é porque contribuiu de alguma maneira, e existem várias formas de doar dinheiro e receber um pin como forma de gratidão.
O bóton, no Brasil, tem formato de botão, normalmente possui uma imagem e é muito utilizado para propaganda de algo. Em inglês, seria botão mesmo, ou seja, nada a ver com algo sobre nossa organização especificamente. Em campanhas políticas e festas das mais variadas, esse formato é utilizado como adesivo e resulta em muita visibilidade. Na comunidade rotária, o bóton poderia ser utilizado para divulgar a imagem da campanha End Polio Now, por exemplo, ou até mesmo o lema rotário de determinada gestão.
O importante na utilização desses instrumentos é saber os motivos e as razões de se usá-los. Não se trata de exibicionismo e, sim, de uma simbologia dentro de nossa organização. Avistar a roda rotária no colarinho de alguém já me aproxima dessa pessoa de alguma forma. São inúmeros os exemplos de situações em que, por ter identificado um rotariano, até então desconhecido para mim, minhas amizades rotárias se ampliaram. Ao ver a marca de um Companheiro Paul Harris, de um Major Donor, de um Benfeitor ou da Sociedade Arch C. Klumph, temos de dar as devidas referências por essa pessoa acreditar em nossa Fundação Rotária.
Quanto ao nosso distintivo, que o usemos diariamente e provoquemos nos outros o interesse em saber do que ele se trata. Quando isso acontecer, devemos saber dizer de maneira rápida e bem objetiva o que o Rotary é e faz: “O Rotary une líderes que trocam ideias e entram em ação”. Não tenha receio de usá-los, seja o distintivo, o pin ou o bóton, mas saiba do que se tratam.
*O autor é Márcio Cavalca Medeiros, coordenador da Imagem Pública do Rotary para as Zonas 22A e 23A.