O Brasil chora a dor dos seus que sofrem com as enchentes no Rio Grande do Sul. Desde os primeiros momentos da maior tragédia da história do país em número de desabrigados e afetados, criamos uma equipe liderada por Paulo Eduardo Fonseca, coordenador da Fundação Rotária na Região 31. Formado por ele, pelos cinco governadores dos distritos do Rotary no estado e pelos membros de suas equipes, o grupo vem trabalhando incansavelmente para oferecer auxílio às vítimas das enchentes, dentre as quais há, inclusive, muitos rotarianos.
Além de criar essa comissão de coordenação e resposta unificada, nosso primeiro passo foi unir as equipes, passar orientações, estruturar processos de arrecadação e distribuição de recursos e, claro, de prestação de contas. Criamos uma conta para um sistema unificado de Pix destinado às doações nacionais e uma outra de PayPal para depósitos de doações feitas no exterior.
Definimos que todos os valores arrecadados seriam divididos de forma igual entre os cinco governadores dos distritos gaúchos. Depois do terceiro dia de campanha, começamos a divulgar diariamente os resultados, tanto do valor total arrecadado como do repasse aos distritos. Aqui, manifesto toda a nossa gratidão aos que, generosamente, fizeram suas doações.
Depois de realizada a divisão de recursos com cada distrito, cada um deles verifica as demandas dos clubes de sua região, transfere os recursos a eles e presta contas à comissão unificada.
Outro ponto alto do apoio aos distritos e clubes do Rio Grande do Sul foi a doação de R$ 10 milhões feita pelo humorista gaúcho Badin, que arrecadou fundos em prol das pessoas afetadas pela catástrofe. Ele viu no Rotary um meio com credibilidade e eficácia para fazer com que as contribuições cheguem à ponta, àqueles que precisam de ajuda. Isso foi compreendido facilmente por Badin graças à história da nossa organização e à nossa capilaridade. Essa parceria foi viabilizada pela intervenção de um rotaractiano, Thiago Bellaver, que fez a ponte entre Badin e o Rotary. Para receber os valores, os clubes tiveram que apresentar um plano de trabalho para ser avaliado pela equipe do humorista e prestar contas a ela.
Estruturamos também um banco de projetos voltado à formatação de pedidos de Subsídios Globais à Fundação Rotária. Muitos distritos ao redor do planeta estão se colocando à disposição para firmar parcerias com o Brasil.
O momento mais emocionante dessa mobilização foi a criação do Fundo de Desastre de Grande Magnitude para socorrer o Rio Grande do Sul. Esse fundo foi aberto pela Fundação Rotária em apenas outras quatro ocasiões: na guerra da Ucrânia, no terremoto do Marrocos, nas enchentes do Paquistão e no terremoto que atingiu a Turquia e a Síria.
Com isso, agora o mundo pode fazer doações para socorrer o Rio Grande do Sul por meio da Fundação Rotária, com direito aos reconhecimentos concedidos por ela. Os distritos gaúchos poderão operar dois projetos por vez, cada um no valor de US$ 50 mil. Depois da aprovação da prestação de contas, outros dois projetos poderão ser realizados imediatamente, e assim prosseguiremos até a utilização total dos recursos doados ao fundo. A meta é ultrapassarmos, no mínimo, US$ 1 milhão em contribuições.
Publicamente, gostaria de agradecer ao chair da Fundação Rotária, Barry Rassin, e ao presidente do Rotary International, Gordon Mcinally, por reconhecerem a necessidade do povo gaúcho neste momento.
Queria reconhecer também os Grupos de Companheirismo, celebrados no mês de junho no calendário do Rotary International. Grupos de pessoas que, além do servir e do amor ao Rotary, têm em comum alguns interesses pessoais, sejam causas ou hobbies. Muito legal, não é?
Aproveito ainda para agradecer e reconhecer a todos nesta reta final do ano rotário 2023-24. Muito obrigado, vocês criaram esperança no mundo. E vamos fazer a roda girar novamente com A Magia do Rotary.